10 março 2019

     
P / INFO: Crónicas & World Day of Prayer for Women's Ordination

QUE FAREMOS DESTA QUARESMA?
Frei Bento Domingues, O.P.

1. Quem nunca ri, quem nunca tem vontade de rir, quem anda sempre à procura de más notícias, falta-lhe alguma coisa. Desde sempre se considerou que o ser humano é um animal que ri, que ri das coisas e das situações mais variadas, que faz rir e, sabedoria suprema, sabe rir de si mesmo. Não é muito agradável viver com pessoas que reprimem, em si, o sentido de humor e que se ofendem com o humor dos outros.
A relação do riso com as religiões está tecida de contrastes. Só os ignorantes podem dizer que a alegria, o bom humor e a religião andaram e andam sempre de costas voltadas[1]. Pelo contrário, muitas das expressões da religião popular eram, também, as grandes celebrações da alegria do povo cristão. No entanto, em certas épocas e em certos grupos, no campo católico (mas não só), religião e tristeza, vida religiosa e clima sombrio, desenvolveram uma relação pouco sadia. Não riem e não suportam o riso dos outros. Sentem-se tão ofendidos com as brincadeiras que os outros fazem ou dizem acerca da sua religião que podem até suscitar a violência contra os humoristas. Decretam que o sagrado é intocável.
Foi há muitos anos – eu ainda era muito novo – que, numa aldeia vizinha, na festa de Santa Apolónia, ouvi o que nunca esqueci.
Não havia electricidade, mas uns geradores conseguiam que os altifalantes transmitissem discos de folclore nortenho que estavam proibidos em festas religiosas. É evidente que as populações nem dessa nova tecnologia precisavam para cantar à desgarrada e dançar horas a fio. Não faltava, nas aldeias, quem soubesse tocar viola, violão, cavaquinho, concertina, etc.. Nos anos 40 do século passado, nasceu e desenvolveu-se uma pastoral equivocada de “cristianização” das festas. Havia, na mesma altura, muita vontade de criar a JAC. Quem pertencesse à Acção Católica não podia dançar, mas a dança em público, no terreiro, era, na minha zona, tão antiga que era irreprimível.
Recordo que, nessa festinha de Santa Apolónia, estavam velhos e novos entusiasmadíssimos a dançar. De repente, ouviu-se a voz do pároco, pelo altifalante, a proibir aquela alegria e disse textualmente: «preferia ver-vos ir para o hospital de S. Marcos de Braga, de cabeça rachada, do que ver-vos dançar».
Para entender esta referência hospitalar, é preciso não esquecer que as feiras e as romarias não eram só ocasiões de folia. Eram, também, ocasiões de grandes cenas de pancadaria entre aldeias desavindas. Algo absolutamente brutal e estúpido. Ora, aquele bendito pároco preferia o exercício da violência entre grupos e aldeias às danças e às desgarradas das festas. O pecado não estava ligado à violência, mas aos folguedos decretados como pecado. O desnorte moral era tão disparatado que as expressões normais da alegria eram pecado e as expressões do ódio e da violência, uma boa alternativa.
2. A Quaresma vem depois do carnaval. Não tenho grande devoção às versões televisivas dos carnavais nacionais e estrangeiros. Não assinaria, porém, a carta da Irmã Lúcia ao Patriarca de Lisboa para que o governo de Salazar proibisse o carnaval. Substituir as festas populares do carnaval pela adoração reparadora do Santíssimo Sacramento pode ser um exercício espiritual de grande valor, mas pode também dar a ideia que Jesus se dá mal com a alegria popular. Quando se diz que os Evangelhos não mostram Jesus a rir, esquece-se que rir não é um milagre, uma acção extraordinária, mas o normal de gente normal. Por outro lado, é posto na boca de Jesus: eu digo estas coisas para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena[2]. João termina a introdução à sua Primeira Carta em plena sintonia com o Mestre: e isto vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa[3]. A maior ignorância de quem ouve falar do Evangelho é não saber que a palavra inicia a narrativa, em quatro versões, de boas notícias. Não tem nada a ver com o estilo usado nos telejornais que esquecem tudo o que há de bom, belo e alegre no mundo à mistura com o que estraga a vida. Inverte-se a realidade: é por causa da beleza e da bondade do mundo que é horrível aquilo que o perverte.
3. Com a quarta-feira de cinzas (dia 6) começou a quadra litúrgica da Quaresma. As cinzas não se parecem nada com um rito de alegria. Ainda sou do tempo que essa imposição era acompanhada de uma triste e niilista verdade empírica: lembra-te que és pó e em pó te hás-de tornar. Esta afirmação contrariava o prefácio da missa de defuntos, como lembrei no Domingo passado: a vida não acaba, apenas se transforma. No rito actual, a imposição das cinzas é magnífica: arrependei-vos e acreditai no Evangelho. Significa que não devemos continuar a estragar a vida, mas pelo contrário, acreditar que a alegria é possível. É o tempo da conversão, da esperança!
A proclamação do Evangelho[4], desse dia, é uma diatribe contra a hipocrisia das rezas, dos gestos, das esmolas, do jejum, de tudo o que é feito para compor um cenário de ostentação dos que querem dar uma boa imagem de si. O conselho de Jesus é outro: Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para mostrar que jejuam. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto para que os outros não percebam que jejuas. Deve bastar que seja Deus, teu Pai, a alegrar-se com as transformações que estão acontecer em ti.
Hoje, somos informados que Jesus também foi fazer retiro, um longo retiro, conduzido pelo Espírito de Deus. Estava perante a concretização do seu projecto de vida. Que fazer? Como fazer? Um dia publicará o manifesto das suas opções radicais em favor dos atirados para a margem da história[5].
O Diabo, a figura de tudo e todos os que se opunham a este projecto libertador, propõe-lhe uma alternativa exaltante: usa os teus recursos divinos para resolver, por decreto, os problemas da fome, da dependência política, exibindo um miraculoso espectáculo religioso. Deixa-te de lirismo e convence-te que o caminho é o do poder de dominação económica, política e religiosa.
Jesus, a todas essas propostas, disse um não absoluto, definitivo.
Sabemos demasiado as consequências das vezes que, na Igreja, se esqueceram as opções do Mestre.
Agora, parece-me ridículo, quando o Papa Francisco insiste, contra tempos e marés, na renovação da Igreja ao serviço da transformação do mundo na pátria da alegria, se exija que ele faça um milagre de transformar a Igreja e a sociedade, por decreto, dispensando o empenhamento de todas as pessoas de boa vontade.
in Público, 10.03.2019


[1] Alessandro Pronzato, “La boca se nos llenó de risas”. Sentido del humor y fe, Sal Terrae, Santander, 2006.
[2] Jo 15, 11
[3] 1Jo 1, 1-4
[4] Mt 6, 1-18
[5] Lc 4, 16-30
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Se as mulheres na Igreja fizessem greve?
Anselmo Borges
Padre e Professor de Filosofia

1. Hoje, dia 8 de Março, é o Dia Internacional da Mulher. Mas dias da mulher são todos. Da mulher e do homem. Porque só com homens e mulheres, iguais e diferentes, há humanidade e futuro. Diferentes, mas com dignidade e direitos iguais. Só porque ainda se não reconhece ou, pelo menos, não suficientemente, essa igualdade de dignidade e direitos, é que é necessário haver o Dia da Mulher.
Também na Igreja, não existe, desgraçadamente, esse reconhecimento. O próprio Papa Francisco, recentemente, depois de declarar que o preocupa que continue a persistir “uma certa mentalidade machista, inclusive nas sociedades mais avançadas, nas quais há actos de violência contra a mulher, convertendo-a em objecto de maus tratos, de tráfico e de lucro” (pergunto: saberá ele que em Portugal neste ano de 2019 já houve 12 mulheres assassinadas em contexto de violência doméstica?), disse: “Preocupa-me igualmente que, na própria Igreja, o papel de serviço a que todo o cristão está chamado deslize algumas vezes, no caso da mulher, para papéis que são mais de servidão do que de verdadeiro serviço.”
A gente pasma ao constatar que esta situação de subalternização e exploração continue, pois Jesus manifestou claramente a igualdade. Contra o que se via e praticava no seu tempo, teve, com escândalo de muitos, discípulos e discípulas — pense-se nos amigos íntimos Lázaro, Marta e Maria; pense-se na samaritana, a quem, apesar de estrangeira, herética, pecadora, se revelou como o Messias; pense-se em Maria Madalena, por quem teve uma predilecção especial e  que, após a crucifixão, foi a primeira a fazer a experiência avassaladora de fé de que o Jesus crucificado está vivo em Deus e voltou a reunir os discípulos para que fossem anunciar a Boa Nova do Evangelho, de tal modo que até Santo Agostinho a chamará “Apóstola dos Apóstolos”...
Foi através de Jesus que veio ao mundo a ideia e a realidade da dignidade da pessoa e de que todos têm a dignidade de pessoa, com direitos divinos, respeitados pelo próprio Deus, que é Pai e Mãe de todos. Nesta consciência, São Paulo escreverá aos Gálatas: “Em Cristo, já não há homem nem mulher, judeu ou grego, escravo ou livre”. E na Carta aos Romanos menciona Júnia, “ilustre entre os Apóstolos”.
2. Também na Igreja, as mulheres estão em processo de emancipação e querem e lutam por libertação, contra a opressão. Teve imensa repercussão há uns meses aquela reportagem do suplemento feminino “Mulheres, Igreja, Mundo” do Osservatore Romano, diário oficioso do Vaticano, de que aqui me fiz eco, na qual várias freiras se queixavam e denunciavam situações de exploração laboral e subalternização por parte de cardeais, bispos e padres: “as irmãs não têm horário”, “o pagamento é baixo ou nenhum” e “raramente são convidadas a sentar-se à mesa de quem servem”. Simples criadas.
E houve agora um grito de alarme da União Internacional das Superioras Gerais, que representa mais de meio milhão de religiosas, exprimindo a sua “profunda tristeza e indignação pelas formas de abuso que prevalecem na Igreja”. O próprio Papa, no voo de regresso da sua viagem histórica aos Emirados Árabes Unidos, admitiu abusos sexuais e de poder contra as religiosas dentro da Igreja,  reconhecendo que vêm de longe: “É verdade. Dentro da Igreja houve sacerdotes e bispos que fizeram isso. E julgo que ainda se faz. Há já algum tempo que estamos a trabalhar nisto. Suspendemos alguns clérigos... É preciso fazer mais? Temos vontade? Sim, Mas é um caminho que vem de longe.” Lucetta Scaraffia, a jornalista que dirige o já citado suplemento do Osservatore Romano, denunciou que realmente existem “muitos casos” de abusos laborais e sexuais que freiras sofreram por parte dos superiores: “É um problema muito grave, não só porque se trata de religiosas, mas porque à violência muitas vezes segue-se o aborto.”
Neste contexto, a teóloga Marinella Perroni, sublinhando o esforço que muitas religiosas fazem para que “a Igreja se transforme em expressão de liberdade feminina e não de marginalização e subordinação”, confessa: “A condição das mulheres dentro da Igreja reflecte a condição das mulheres na sociedade civil.”
A Igreja é constituída por homens e mulheres. Por isso, as mulheres não podem continuar marginalizadas, como se viu ainda recentemente de modo escandaloso no Sínodo sobre os jovens. Por um lado, o documento final pede uma maior “presença feminina nos órgãos eclesiais em todos os níveis”. Mas, por outro, facto é que nenhuma das 30 mulheres que participaram nos trabalhos sinodais teve direito a votar. Houve uma petição online para que o pudessem fazer, e em poucos dias recebeu  mais de  7000 assinaturas. Mas, respondendo às críticas, o bispo holandês Everardus Johannes de Jong declarou: “Penso que a presença das mulheres é clara, escutamo-las. Mas Jesus escolheu homens como apóstolos.”
Fica a pergunta: e se as mulheres fizessem greve na Igreja?
in DN 08.03.2019
www.dn.pt/edicao-do-dia/08-mar-2019/interior/se-as-mulheres-na-igreja-fizessem-greve-10655502.html?target=conteudo_fechado
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QUE COISA SÃO AS NUVENS
JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA

É POSSÍVEL FAZER ALGUMA COISA

CADA UM PODE FAZER ALGUMA COISA PARA QUE O JARDIM COMUM NÃO SE TORNE UM DESERTO

Começou agora a quaresma. Para os cristãos é uma oportunidade que é preciso agarrar com decisão. Mas, mesmo para os não cristãos, pode não ser indiferente o significado deste itinerário ascético que antecede e prepara a Páscoa. Claro que é ainda necessário sacudir os vestígios dos lugares comuns que reduziram a quaresma ao simbólico interdito da carne, na ementa das sextas-feiras, e criaram todo um anedotário em que a abstenção do bife era substituída, pelas boas almas piedosas, por um repasto de marisco, pois o importante era cumprir formalmente a regra. A quaresma, porém, é bem mais interessante do que essa triste caricatura. E é-o, porque nos recorda, contra os fatalismos paralisantes e contra a nossa própria acomodação, que é sempre possível fazer alguma coisa. Esta: colocar-se cada um em revisão crítica, metendo em causa os próprios estilos de vida. O programa quaresmal é, assim, pessoal e prático. Trata-se de agir sobre si mesmo e contribuir desse modo para o emergir de uma consciência comunitária mais atenta.

As ‘ferramentas’ que a tradição cristã propõe são de natureza ascética e servem em outras religiões e até em contexto laico para alcançar o mesmo objetivo: uma necessária conversão de vida a partir do esforço de cada um. Essas ‘ferramentas’ são: o jejum, a oração e a esmola. Há que aprender ou reaprender a utilizá-las em chave existencial.

O jejum, por exemplo, começa por ser uma privação alimentar voluntária, mas que nos põe a refletir, e de forma não só mental, sobre aquilo de que nos nutrimos nós e como o fazemos. Na mensagem quaresmal para este ano, o Papa Francisco explica que o jejum permite-nos “passar da tentação de ‘devorar’ tudo para satisfazer a nossa voracidade, à capacidade de sofrer por amor”. O jejum pode tornar-se assim um élan para modificar e reorientar o nosso modo de habitar o mundo. E é uma questão de comida, claro. Porém, não se esgota aí. O jejum introduz uma ponderação crítica sobre tudo o que nos serve de alimento: palavras, imagens, hábitos, consumos, prazeres.

O programa quaresmal é pessoal e prático. Trata-se de agir sobre si mesmo e contribuir desse modo para o emergir de uma consciência comunitária mais atenta

A oração, por sua vez, é um antídoto contra a autossuficiência e contra o endeusamento das nossas possibilidades ou necessidades, abrindo em nós um espaço ao que é maior do que nós. Precisamos romper com o circuitado movimento que nos faz rodopiar à volta de nós mesmos ou então dispersos em pura exterioridade, consumidos pelo puro imediatismo. A oração abre-nos a um para lá, introduz-nos noutro ritmo, faz-nos respirar de outra forma, ajuda-nos a levantar os olhos que trazemos fixos sobre os sapatos e erguê-los até às estrelas.

Por último, a esmola serve para nos recordar que os bens são meios ao serviço de uma vida eticamente qualificada e não uma finalidade da nossa existência. Justamente, o Papa recorda que precisamos de praticar a partilha dos bens “para sair da insensatez de viver a acumular tudo para nós mesmos, com a ilusão de assegurarmos um futuro que não nos pertence”.

O tema proposto por Francisco para a quaresma de 2019 recupera um passo da ‘Carta de São Paulo aos romanos’: “A criação encontra-se em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8, 19). E o diagnóstico de que parte é, em si mesmo, um chamamento a uma ecologia integral, quando nos lembra que “tantas vezes adotamos comportamentos destruidores do próximo e das outras criaturas — mas também de nós próprios —, considerando, de forma mais ou menos consciente, que podemos usá-los como bem nos apraz”. De facto, cada um pode fazer alguma coisa para que o jardim comum não se torne um deserto.
in Semanário Expresso 09.03.2019
http://leitor.expresso.pt/semanario/semanario2419/html/revista-e/que-coisas-sao-as-nuvens/e-possivel-fazer-alguma-coisa
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À PROCURA DA PALAVRA
P. Vítor Gonçalves
Domingo I da Quaresma
“Então o Diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação,
retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo.”
Lc 4, 13
Tentações?
“Que é um rito? perguntou o principezinho. – É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas.” Com o desejo constante de novidade, é fácil esquecer a importância dos ritos. Eles trabalham com a memória, essa história que se consolida no interior de cada um de nós e parece estar em défice cada vez maior até nos mais novos. Memória que é também rampa de lançamento para um futuro sempre em construção. Mas não serão a memória e o futuro, duas dimensões que mais nos faltam? 
Entrámos na Quaresma com o rito das cinzas. Iremos terminá-la na vigília pascal com fogo, água e luz. Realidades bem palpáveis da vida, neste processo de transformação e crescimento. Evocam um caminho, de despojamento dos nossos disfarces e revelação da nossa autenticidade. De quem somos e do que somos chamados a ser. É um caminho interior, não apenas pelo íntimo de cada um, mas pelo íntimo dos grupos, das instituições, da cidade onde a comunhão entrelaça as nossa vidas e a divisão destrói tanta esperança. Sim, as cinzas evocam fim, perda e dor, derrota e tristeza que não podem ser fantasiadas. Mas são também transformação, pó que de novo pode ser amassado e receber um espírito de vida, fertilizante para sementes que ainda não germinaram.
As provas que Jesus teve de enfrentar para ser fiel a Deus e a nós nunca deixaram indiferentes os seus discípulos. Percebemos que são também as nossas, e se espalham ao longo da vida. Até no momento extremo da cruz, Jesus as experimentou. Elas não são uma espécie de “iniciação” ou “recruta” que só se faz uma vez. Têm a marca da escolha quotidiana, onde se revela a novidade de Deus e a grandeza humana. Em Jesus, Deus mostra que não se serve do seu poder para superar os sofrimentos que cada pessoa vive; que está para servir e não para dominar; que a confiança em Deus é mais importante do que qualquer milagre. As suas respostas às tentações do Diabo brotam da Escritura, e podemos fazê-las também nossas. Fecharmo-nos em nós, nas nossas dificuldades e sofrimentos, ou no uso egoísta dos bens, sem pensar nos outros é diabólico. Viver usando e abusando dos outros, dominando e explorando, privando-os de liberdade e direitos é diabólico. Exigir “milagres” de Deus, formas fáceis de ultrapassar as provas da vida, é diabólico. Não conhecemos estas “diabolizações” (divisões) também em nós?
Quantas quaresmas já viveu cada um de nós? Quantos desejos de renovação e crescimento? E fizemo-los sozinhos, com outros, com Deus? Porque “tem de ser”, “sempre se fez”, “é tradição”? Repetindo ou reinventando? A “mexer” por dentro de nós ou a “envernizar” aparências? Com “máscara quaresmal” ou “rosto lavado” pascal? A que vamos dizer “não” para poder dizer um “sim” mais corajoso e feliz?
in Voz da Verdade  10.03.2019
http://www.vozdaverdade.org/site/index.php?id=8009&cont_=ver2

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Hello, WOW friends,

Please find a graphic/advertisement for the World Day of Prayer for Women's Ordination -- we will be hosting a 30-minute call-in prayer that day (Monday, March 25) at 2 p.m. EST/ 7 p.m. GMT.
The written resource for the prayer will be available on the WOW website on March 10, if small groups would like to meet at a separate/more convenient time to pray.
Here is a link to the Facebook event, as well.
Please share this graphic widely with your groups - we hope to have many joining us that day! Thanks, all.
Peace,
Katie Lacz
Program Associate
Pronouns: she/her/hers
Women's Ordination Conference
"Be who God meant you to be and you will set the world on fire." - St. Catherine of Siena


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