Frei Bento Domingues O. P.
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1.
A Amnistia Internacional iniciou, há semanas, a campanha Stop Tortura
para denunciar uma situação vergonhosa: 30 anos após a assinatura, na
ONU, da Convenção Contra a Tortura, esta prática bárbara continua a
crescer, como se fosse a coisa mais normal do mundo. No entanto, na
África, nas Américas, na Ásia-Pacífico, na Europa e Ásia Central, no
Médio Oriente e Norte de Africa, alarga-se esta extrema forma de
desumanidade, perante a indiferença internacional. Nos EUA, nenhum
agente da CIA, envolvido em casos de tortura, foi levado a tribunal.
Não
se pode atribuir esse comportamento “à ausência de Deus” na esfera
pública como, por vezes, se diz. Em todos os continentes, é em seu nome
que se oprime, tortura e mata. Tentei mostrar, no Domingo passado, que a
palavra Deus pode ser usada para o melhor e para o pior.
Hoje, gostaria de chamar a atenção
para outra forma de observação e problematização das sociedades
actuais, praticada por Boaventura de Sousa Santos, no livro Se Deus
fosse um activista dos direitos humanos (Almedina). Foi também publicado
com grande ressonância no Brasil, traduzido em Espanha e acolhido com
fervor na América Latina.
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