Neste tempo de Natal, de preparativos festivos mesmo em tempo de crise, parece que o tempo encolhe ainda mais!
Entre o Natal e o Ano Novo os dias fogem em prolongamentos natalícios de agradáveis encontros da família e de amigos que são para nós os Anjos e os Pastores das nossas vidas. Reunidos não já em estábulos mas comparativamente em palácios onde a estrela de Belém se encontra connosco vimos adorar o Menino e aprendermos a fazer a Paz ou a tomar consciência de que os aspectos materiais são o que menos importa diante da beleza e da fraternidade a que somos convidados. Um paradoxo, esta difícil gestão do essencial e do assessório.
Sabemos como afirma o Ecclesiastes que “Há tempo para tudo na Terra, tempo para nascer, tempo para morrer, tempo para amar…” e por aí fora, mas parece que esse tempo universal gerido fora de nós, se reduz no fuso horário a que pertencemos a minudências urgentes.
Chamam-se férias do Natal, pausa do Natal, Advento para preparar o Natal do Deus-Menino mas o que é facto é que a Sua “festa de anos” tem tantos convidados em tantas casas diferentes por onde nos repartimos dá uma “trabalheira” vivida com amor é certo mas… não deveríamos fazer de forma diferente?
Quando cantamos as quadra tipicamente portuguesa;
“Nossa Senhora faz meia,
com linha feita de Luz,
o novelo é Lua cheia,
as meias são p’ra Jesus”
Lembramo-nos que deveríamos ter aprendido a fazer meias dos nossos novelos menos lunares e mais prosaicos ao logo de todo o ano para que cada pessoa que é o rosto humano do divino irmanado em Jesus não continue a ter os pés frios, desconforto que, muito para além do corpo, se vive no dia–a-dia de quem não tem alguém que vele por ela como Maria fez com Jesus.
Um tempo novo anunciado cada Natal é um tempo em que a gente conte mais do que as coisas e que haja tempo para tudo.
Temos mais um ano para aprender e talvez por por isso haja tempo para tudo na terra.
AFF 25/12/2011
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