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Os textos do missal inglês mudaram recentemente, no sentido de ficarem mais próximos do original latim, talvez a maior mudança na liturgia em inglês desde o Concílio Vaticano II.
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Esta nova tradução tem suscitado várias críticas. Algumas são mais sérias e fundamentadas, e afirmam que esta nova mudança vai no sentido contrário ao do Concílio, tornando a linguagem mais difícil e o estilo linguístico mais intrincado e abstruso. Há mesmo um site, Misguided Missal, que concentra bastante informação sobre o assunto.
Há outras mais brincalhonas, como este episódio do Colbert Report, ou vários cartoons deste blogue.
Os críticos têm defendido que a nova linguagem é muito afastada do inglês comum. O texto do missal que se tem tornado símbolo desta crítica é a uma parte do credo em que se diz que o Filho é "consubstancial with the Father", quando antes se dizia "one in being with the Father". Já há igualmente paródias à situação, como uma tradução revista de uma receita de cookies.
Isto fez-me pensar. Em Portugal, já há muito tempo que dizemos no credo que o Filho é consubstancial ao Pai, sem ninguém se preocupar muito se quem está na missa sabe o que isso quer dizer. Para além disso, julgo que a nossa liturgia será das poucas que não trata Deus por tu. Tudo isto é sinal de que nós, em Portugal, damos mais importância à "solenidade" das cerimónias do que à simplicidade e à participação dos fiéis. E tenho pena que não haja ninguém que queira ver isto seriamente discutido, à semelhança do que está a acontecer nos países de língua inglesa.
bem, eu já fiz a minha própria adaptação da liturgia - em geral, tratando sempre Deus por tu e alterando apenas um ponto ou outro mais.
ResponderEliminarMas sem dúvida que concordo, devia haver uma discussão séria sobre a nossa liturgia que culminasse numa revisão no sentido de a tornar mais simples, e, consequentemente, mais próxima das pessoas!