Em todo o país há pessoas e instituições maravilhosas que procuram, na rotina do quotidiano, viver a difícil mensagem cristã do amor incondicional ao próximo.
Mas quem é o meu próximo? perguntava capciosamente a Jesus o doutor da lei, no Evangelho de São Lucas (10: 29-37).
Para as cinco freiras dominicanas que vivem no Convento dos Cardaes em Lisboa, o próximo são 38 mulheres, todas elas com graves problemas de saúde, do foro mental, da visão, o que seja, que aí estão acolhidas. Quase todas vêm de meios pobres e não têm família afectiva. O objectivo, a meu ver conseguido, é que ali encontrem dignidade, bem-estar e autonomia.
A Irmã Ana Maria Vieira, coordenadora, conta ainda com colaboras remuneradas e um grande número de voluntárias/os para garantir o espírito leve e aberto que atravessa esta comunidade de mulheres. Há um clima palpável de alegria e descontração, numa casa bem ordenada e extremamente bonita. E ficamos a reflectir, mais uma vez, porque persiste na tradição da instituição-igreja a exclusão das mulheres dos ministérios ordenados. Jesus não se quer fazer representar por estas religiosas?
Tão bonito é o convento que todas as tardes, ao longo do ano, está aberto ao público, sendo as guias um grupo de mulheres que realizam este trabalho sem remuneração. Realizam-se ainda ocasionalmente concertos e exposições.
Vivem de quê? além de apoios do Estado, insuficientes, aceitam de bom grado qualquer donativo (NIB 0018 0000 0009474 000181), fabricam e vendem doces e compotas, vendem livros usados, e nos dias 11, 16, 17 e 18 de Dezembro de 2011 servem lanches deliciosos num claustro encantador. A entrada dos visitantes faz-se pela rua do Século, 123, no Bairro Alto, em Lisboa, o tel. é 213 427 525, ver http://profile.to/conventodoscardaes.
Ana Vicente (membro do Movimento Internacional Nós Somos Igreja)
11.12.2011
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