ACERCA DA ENTREVISTA DO PATRIARCA MANUEL CLEMENTE A UM CANAL DE TV EM 7 FEV.
2014
A palavra e
o gesto do Papa Francisco têm tocado milhões de crentes e não crentes no mundo,
quando fala de uma Igreja que é comunidade de pessoas, diversas e iguais em
dignidade, direitos e responsabilidades. Pessoas que procuram ser fiéis ao
mandamento de Jesus Cristo “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Neste
contexto, assistimos, no passado dia 7 de Fevereiro, no canal TVI 24, a uma
entrevista ao Patriarca D. Manuel Clemente. A entrevista provocou perplexidades
ao Movimento Internacional Nós Somos Igreja - Portugal. Por isso, através deste
comunicado, se exprimem estas perplexidades, para um possível e desejado
debate.
Correctamente,
D. Manuel afirmou sobre os mais velhos que a dignidade, a irrepetibilidade e a
indispensabilidade de cada ser humano é fundamental, certo de que “a família
continua a ser a base para a resolução dos problemas”. Mas sobre os direitos
das minorias, afirmou que deveriam ser referendados, sem medir o alcance desta
proposta. Imaginemos que os países em que os cristãos são uma minoria
referendavam os seus direitos? Ou, em Portugal, se referendassem os direitos
das minorias que aqui vivem?
Sobre a
adopção de uma criança por duas pessoas do mesmo sexo, disse que essas pessoas
não são uma família, sem desenvolver mais o tema. Sobre o aborto insistiu,
afirmando-o fácil de mais em Portugal, exprimindo assim uma obsessão que já
mereceu críticas do Papa Francisco.
Sobre o
Inquérito do Vaticano, a propósito do Sínodo da Família, D. Manuel declarou que
as respostas dos católicos portugueses acentuam a procura de informação e de
formação, quando está demonstrado, através de estudos e estatísticas, que o
entendimento e a vivência da sexualidade são questões acerca das quais o Povo
de Deus não se revê nas posições complicadas e contraditórias de alguma
hierarquia. Correspondendo à posição de D. Manuel Clemente, que se diz
disponível para troca de ideias com opiniões diversas, através deste Comunicado
o Nós Somos Igreja espera possível e desejado debate com o Patriarca de Lisboa,
presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
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